O Outubro Rosa é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, reforçando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento adequado. Durante esse período, campanhas de informação buscam alertar mulheres sobre os cuidados necessários para reduzir os riscos da doença.
A mastologista Luciana Leite explica que há diferentes tipos de prevenção. “A prevenção primária busca reduzir a chance do câncer ocorrer, por meio de hábitos de vida saudáveis, como atividade física regular, alimentação equilibrada, não fumar e evitar álcool. A prevenção secundária consiste na detecção precoce, utilizando o rastreamento com mamografia”, destacou.
Sobre o autoexame, a médica explica que ele é importante para conhecer o próprio corpo e identificar alterações nas mamas, mas alertou que “o autoexame não muda a mortalidade, por isso não substitui a mamografia”.
Quanto à idade ideal para iniciar o rastreamento, Luciana Leite explica que o Ministério da Saúde recomenda a mamografia a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia sugere começar aos 40 anos, de forma anual. Para mulheres com histórico familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau, o rastreamento deve começar 10 anos antes da idade de diagnóstico desse familiar.
A especialista também destaca os avanços nos tratamentos. “A cirurgia está cada vez mais conservadora, com técnicas de mamoplastia que ajudam na autoestima. Os tratamentos são mais individualizados, com terapias-alvo e imunoterapia, e a radioterapia evoluiu, causando menos efeitos colaterais”, explicou.
Para pacientes que sentem medo do diagnóstico, Luciana Leite deixa uma mensagem de encorajamento: “O medo é comum, mas não pode paralisar. Hoje, pacientes que descobrem a doença nos estágios 1 e 2 têm 95% de chance de cura. O foco deve ser na detecção precoce, na melhoria dos hábitos de vida e na busca pela cura”.