Os profissionais da rede municipal de ensino de Ilhéus aprovaram, em assembleia realizada nesta segunda-feira (30), uma paralisação de 24 horas na próxima sexta-feira (4). O movimento, classificado como uma paralisação de alerta, tem como objetivo reivindicar o cumprimento integral do Plano de Cargos e Salários da educação, incluindo o reajuste salarial para todas as categorias.

A mobilização é coordenada pela Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI/APLB-Sindicato), que informou que a categoria rejeitou a proposta apresentada pela administração municipal, alegando que ela contempla os docentes com base no piso do magistério, mas não assegura a atualização salarial dos profissionais não docentes.

De acordo com o sindicato, os trabalhadores também defendem o pagamento retroativo do reajuste salarial até a data-base da categoria, que é em janeiro. A proposta atual da Prefeitura prevê a aplicação do reajuste a partir de junho, o que, segundo os representantes da categoria, desconsidera cinco meses de perdas acumuladas.

A entidade sindical afirma que a proposta atual pode comprometer a estrutura do Plano de Cargos e Salários e alerta para o risco de judicialização da pauta, como ocorreu em gestões passadas, gerando passivos financeiros para o município.

Posicionamento da Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Ilhéus reiterou seu compromisso com a valorização dos profissionais da educação e destacou a importância da responsabilidade fiscal para manter o equilíbrio das contas públicas.

A gestão municipal informa que tem mantido diálogo constante com os representantes da rede de ensino e apresentou proposta de reajuste de 6,27% para os professores, alinhado ao piso nacional do magistério, e de 5,53% para os demais servidores da educação. Segundo a Prefeitura, os percentuais propostos representam o limite orçamentário atual, considerando a necessidade de manter investimentos em outras áreas essenciais.

Além disso, a administração municipal informou que já reajustou o valor do vale-alimentação para R$ 700 e que permanece aberta ao diálogo com os trabalhadores, reforçando seu compromisso com a educação pública e com a sustentabilidade financeira do município.