Pulverização com agrotóxicos mata abelhas em campus da UFSB

Sumário

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O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) publicou uma nota de repúdio denunciando a aplicação indiscriminada de agrotóxicos nas dependências do Campus Jorge Amado, em Itabuna. A ação, feita sem qualquer aviso prévio ou diálogo com a comunidade acadêmica, resultou na morte de abelhas e na destruição quase completa das colônias do meliponário da instituição, um projeto construído ao longo de anos com a participação de estudantes, professores e técnicos.

Segundo o DCE, o prejuízo além do financeiro, é também científico, pedagógico, ambiental e social. As colmeias, compostas por abelhas sem ferrão da fauna nativa (meliponíneos), eram parte de um projeto de extensão voltado à pesquisa e à preservação da biodiversidade. A destruição do meliponário compromete, de forma direta, o trabalho coletivo e o desenvolvimento de pesquisas na universidade.

A nota também critica a contradição entre o discurso institucional da UFSB, que se posiciona como comprometida com a sustentabilidade, e a prática adotada com o uso de agrotóxicos. Para os estudantes, esse episódio revela “um padrão preocupante de negligência e falta de compromisso com a ciência e com a vida”.

“Não é a primeira vez que o Projeto do Meliponário sofre com ações deliberadas e omissas”, diz o texto. “Como produzir ciência em uma universidade que não garante nem o básico para seus estudantes permanecerem? Como desenvolver projetos em um espaço que, ao invés de fomentar o conhecimento, age para destruí-lo?”, questiona a publicação.

O DCE cobra um posicionamento efetivo da universidade e afirma que é urgente que a UFSB “se comprometa com o que prega em seus discursos”. A nota termina com a exigência de respeito à ciência, à vida e ao trabalho coletivo da comunidade acadêmica.

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