Objetos roubados do acervo de Jorge Amado são recuperados em Ilhéus

Sumário

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Peças históricas foram encontradas em operação rápida e passam por processo de higienização antes de retornarem ao público

Após uma ação ágil da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), itens do acervo pessoal de Jorge Amado que haviam sido furtados da Casa de Cultura mantida em sua homenagem, em Ilhéus, foram recuperados e já estão sendo preparados para voltar à exposição pública. A operação, liderada pela delegada Darlucia Palafoz, contou com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

Entre os objetos recuperados estão itens simbólicos do escritor baiano, como uma camisa, boina, chapéu de tecido, relógio, um cinto e um conjunto de short e camisa. As peças, que carregam valor histórico e afetivo, haviam sido levadas em um furto ocorrido no último dia 4 de abril.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Cultura, a resposta policial foi imediata: em menos de 24 horas, a perícia foi realizada, suspeitos foram identificados e as buscas resultaram na localização dos objetos. A investigação continua sob responsabilidade do Departamento de Investigações Criminais (DEIC), com o objetivo de identificar todos os envolvidos no crime.

Responsável pela higienização das peças, a secretária de Cultura Anarleide Menezes — museóloga com experiência em conservação têxtil — garantiu que todos os itens passarão por cuidados técnicos antes de voltarem a ser exibidos. Eles integrarão a mostra temporária montada no Teatro Municipal de Ilhéus, onde parte do acervo da Casa de Cultura Jorge Amado está atualmente em cartaz.

Para Anarleide, a devolução representa mais do que a recuperação de objetos: “É uma vitória para a memória cultural brasileira. Jorge Amado é uma figura essencial da nossa literatura, e para Ilhéus, sua cidade, esse retorno representa um marco na preservação da história”, afirmou. Ela também destacou o trabalho conjunto das forças de segurança e o apoio da Secretaria de Ordem Pública, sob coordenação do Capitão Igor Erdens.

O furto gerou repercussão nacional, com manifestações de solidariedade vindas de diversas regiões. O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC-BA) chegou a preparar o registro das peças na Lista Vermelha de bens musealizados desaparecidos, mas a medida foi suspensa diante da rápida recuperação.

A retomada do acervo fortalece o compromisso com a proteção do patrimônio histórico e ressalta a importância da ação integrada entre os órgãos públicos na defesa da memória cultural do país.

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