A síndrome mão-pé-boca é uma infecção viral caracterizada principalmente por lesões dolorosas na boca, mãos e pés. Bastante comum na infância, especialmente entre crianças pequenas, costuma gerar dúvidas e insegurança sobre como agir diante dos primeiros sinais.

Para esclarecer o assunto e orientar nossos leitores, a revista Folha da Praia conversou com a pediatra e Neonatologista, Verusca Lino, que explicou as principais características da doença, formas de contágio e prevenção.

Os sintomas iniciais incluem febre baixa a moderada, dor de garganta e na boca, irritabilidade, mal-estar geral e perda de apetite. Além disso, lesões na boca que podem causar desconforto para comer, e lesões na pele que podem se estender para nádegas, coxas e braços.

Apesar de não ser uma doença de notificação obrigatória, e por isso não é possível saber ao certo quantos casos acontecem de fato ao ano, Verusca explica que há uma maior incidência durante as estações mais quentes, como a primavera e o verão. No entanto, em regiões como a nossa, onde o clima não apresenta estações muito definidas, os casos podem surgir em qualquer época do ano.

A prevenção é o melhor caminho, principalmente em ambientes coletivos como creches e escolas. Entre as medidas, a pediatra e neonatologista recomenda: lavar as mãos, higienizar superfícies tocadas com regularidade, ensinar as crianças a cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, manter as crianças em casa quando estiverem doentes.

Quanto ao retorno às atividades escolares, a especialista reforça que ele deve ocorrer apenas quando a criança estiver sem febre por pelo menos 24 horas, com as lesões da boca cicatrizadas, bolhas da pele secas, criança em bom estado geral, bem alimentada e hidratada, além da liberação do pediatra responsável.