Durante agenda oficial na Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que pretende disputar as eleições presidenciais de 2026, dando a entender que está pronto para buscar um quarto mandato. A declaração, feita nesta quinta-feira (23), encerra meses de especulações sobre seus planos políticos e sinaliza que o chefe do Executivo já pensa no próximo pleito.

Nos últimos meses, Lula vinha evitando confirmar publicamente se seria novamente candidato, embora aliados próximos já falassem na possibilidade de uma nova disputa caso o cenário político se mantivesse polarizado. Em outras ocasiões, o presidente havia dito que poderia deixar a vida pública ao fim do atual mandato, mas, na fala mais recente, adotou um tom firme e confiante, deixando claro que pretende continuar na corrida.

“Eu vou disputar um quarto mandato no Brasil”, disse o presidente, em um dos compromissos de sua viagem pela Ásia. A fala repercutiu amplamente entre apoiadores e opositores, que interpretaram o anúncio como um passo antecipado na corrida eleitoral.

Pesquisas recentes reforçam o clima de otimismo no entorno do Planalto. Levantamentos da Quaest apontam Lula na liderança em diversos cenários para 2026. Em simulações de primeiro turno, o petista aparece com índices entre 35% e 43% das intenções de voto, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém cerca de 26%. Em possíveis disputas de segundo turno, Lula ampliaria a vantagem, alcançando até 47% dos votos contra nomes como o do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

A antecipação do debate eleitoral também tem peso simbólico. Ao declarar publicamente sua disposição para seguir na disputa, Lula busca transmitir estabilidade e continuidade a seu governo, além de fortalecer a base política em meio às pressões internas e externas.

Mesmo com o mandato vigente até o fim de 2026, a fala do presidente já redesenha o cenário político brasileiro e indica que a próxima eleição poderá repetir a polarização que marcou as últimas campanhas presidenciais.