Pedestres e comerciantes têm intensificado reclamações contra a invasão de vendedores ambulantes nas principais ruas do comércio central de Ilhéus, principalmente o Calçadão da Marques de Paranaguá e adjacências. A situação se agrava a cada dia e dificulta a mobilidade nos calçadões do centro, daqueles que buscam os serviços bancários, correios e outros, além da procura por artigos comerciais.
Segundo observações de lojistas ilheenses, a movimentação dos vendedores ambulantes, especialmente de outras cidades da região, começou logo após o último período eleitoral, se agravou em dezembro durante as vendas de Natal e permanece agora com o aumento do fluxo de turistas na cidade. A reclamação parte de todos os setores, principalmente dos comerciantes, que pagam impostos e taxas para exercerem suas atividades.
A invasão prejudica as lojas estabelecidas no centro da cidade, a mobilidade urbana e o próprio município, que deixa de arrecadar, emprestando um aspecto desorganizado que depõem contra o comércio de Ilhéus. Denúncias feitas por comerciantes locais, apontam vendedores ambulantes que, ao mesmo tempo, ocupam o Calçadão da Paranaguá e possuem boxes no Shopping Popular, no mesmo ramo de negócio.
Nesse sentido, o secretário de Comunicação Social do Município, Alcides Kruschewsky, solicitou a produção de imagens desses locais com a finalidade de encaminhá-las às secretarias responsáveis pela fiscalização desse tipo de comércio. Ele chama a atenção também de trailers que, nos principais logradouros da cidade, fixam pontos de lanches, de vendas de coco e outros produtos, sem obedecerem a nenhum critério de padrão de qualidade do equipamento, higiene e horário de comercialização.
As críticas alcançam também lojistas estabelecidos regularmente no comércio, mas que agem de forma ilegal – assim como os ambulantes, e utilizam espaços dos Calçadões destinados ao tráfego de pessoas para a exposição de mercadorias, no horário comercial. Há ainda os que contribuem com alto falantes e serviços de som para ampliação da poluição sonora. Todas essas indisciplinas configuram infrações que ferem o Código de Posturas do Município.
Outros locais – Não é somente as ruas do centro comercial que sofrem com esse tipo de ocupação. Na Avenida Soares Lopes, também se observa a falta de organização com o uso indiscriminado de barracas de lanches e trailers que estão fixos nas calçadas e em áreas de estacionamento. No ano passado, por ocasião da proximidade da disputa eleitoral, o governo anterior permitiu que, na mesma Avenida, fossem criadas duas “praças de alimentação”, uma próxima à Praça Castro Alves e outra nas proximidades da Catedral de São Sebastião, sendo que estas, além da inobservância de questões legais e da ausência de critérios sanitários e de padronização, contrariaram, também, a opinião pública.
No bairro do Pontal, moradores pedem providências e reclamam dos trailers de comércio de alimentos colocados no final da avenida principal, a Lomanto Júnior. A exemplo do que acontece na Soares Lopes, esses comerciantes não retiram os equipamentos do local, não cuidam das imediações e obstruem a visão da paisagem. Ali, também, há casos de empresários que interditam a via pública com o uso de cones, “privatizando a área” para exploração comercial. Como resultado, há uma infestação de ratos no local, atraídos pelos restos de alimentos, denunciam os moradores.
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