A redução da fila de espera e o do tempo para a entrega dos resultados, além da maior exatidão dos diagnósticos, estão entre os principais benefícios para os usuários da rede pública de saúde, do Sul do Estado, com o funcionamento do Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus. Em menos de três meses, a unidade, que atende a 67 municípios da região, já realizou um total de 4700 exames de imagem, ampliando o acesso e dando suporte às secretarias municipais de saúde e às unidades hospitalares de pequeno porte.
“Há uma grande demanda para os exames e com o HRCC estamos atendendo a essa demanda, não apenas do ponto quantitativo, mas também, com maior eficiência e rapidez dos diagnósticos”, explica o diretor de operações do hospital, Cláudio Moura Costa.
O Centro de Diagnóstico por Imagem do HRCC está equipado para a realização de exames de raio-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, angiorressonância (exame dos vasos sanguíneos, principalmente artérias, excelente para o rastreamento e o diagnóstico da doença vascular) eangiotomografia (exame de diagnóstico rápido que permite a perfeita visualização das veias e artérias do corpo, utilizando modernos equipamentos em3D).
Os dois últimos citados, antes da inauguração do hospital, não eram oferecidos pela rede pública de saúde, em toda a região Sul e mesmo os que eram ofertados pela rede particular, tinham preços muito acima da capacidade da grande maioria da população.
O custo da ressonância magnética de coluna lombar, por exemplo, é em média, R$ 730. Caso seja necessário utilizar técnicas de contraste, o valor pode variar entre R$ 880 e R$ 1.030 e o da tomografia computadorizada varia entre R$ 300 e R$ 800, dependendo da região do corpo. No HRCC, unidade da Rede Pública do Estado, os exames, assim como os demais procedimentos, são inteiramente gratuitos.
“Eu já deveria ter feito a ressonância, mas é um exame muito caro e não tenho condições para pagar. Mas graças a Deus agora eu tive essa oportunidade. O [hospital] Costa do Cacau está sendo uma grande bênção. Muito bom para todos nós”, avalia o motorista de ônibus, Derivaldo Silva, 59 anos, residente no município de Coaraci, que aguardava há sete meses para fazer o exame.
De acordo com o diretor de operações, os equipamentos que compõem o Centro de Diagnósticos do HRCC, são de “tecnologia de última geração, o que existe de mais moderno”. E acrescenta que a precisão e rapidez do diagnóstico, muitas vezes, fazem a diferença para a vida dos usuários em atendimento.
Antes do funcionamento da unidade, os usuários aguardavam por período superior a 30 dias na fila da regulação para realizarem exame de ressonância magnética e os médicos esperavam, em média, cinco dias úteis para terem acesso aos diagnósticos.
“Hoje, o prazo máximo que o usuário aguarda para fazer uma ressonância magnética é de 30 dias e uma semana, quando o exame é tomografia”, explica a gestora da Central Regional de Regulação de Leitos, Luciana Pinheiro.
Os exames realizados no HRCC são enviados em tempo real, online, para uma equipe de médicos especializados em Salvador, que têm o prazo máximo de dois dias, para apresentarem os diagnósticos dos usuários encaminhados pela regulação. Quando os usuários apresentam quadro clínico de urgência esse prazo é de 12 horas e nos casos de emergência, uma hora.
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