Durante o lançamento do Plano Safra, nesta segunda-feira (1º), no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu às críticas sobre o aumento de impostos e afirmou que a prioridade do governo é fazer justiça fiscal no país. “Pode gritar, pode falar, vai chegar o momento de debater. Mas temos de fazer justiça no Brasil”, disse o ministro, em meio a manifestações recentes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A fala de Haddad ocorreu poucas horas depois de Bolsonaro usar as redes sociais para criticar o aumento de taxas anunciado pelo governo. Em resposta, o ministro atacou a gestão anterior e citou a falta de correção na tabela do Imposto de Renda durante o mandato do ex-presidente.

“Deixa eu falar para vocês qual o aumento mais cruel de imposto que um presidente pode fazer: ele ficou os quatro anos sem reajustar a tabela do imposto de renda. Foram quatro longos e tristes anos da história do Brasil”, afirmou Haddad.

O ministro também rebateu as críticas quanto à atual política tributária, alegando que o governo busca eliminar privilégios fiscais de setores mais ricos da sociedade. “Qual a moral desse senhor [Bolsonaro] para falar mal de aumento de imposto? Nós estamos fechando brechas para que o andar de cima passe a pagar. Isso nós vamos continuar fazendo”, completou.

As declarações marcam mais um capítulo no embate entre o atual governo e a oposição em torno da agenda econômica, em especial no que diz respeito à reforma tributária e à arrecadação.