A debandada de aliados de ACM Neto tem se intensificado na Bahia, levantando questionamentos sobre sua liderança no estado. Diversos prefeitos e lideranças do União Brasil vêm demonstrando insatisfação com a falta de contato e articulação política do ex-prefeito de Salvador. O deputado Paulo Câmara, por exemplo, criticou publicamente a dificuldade de comunicação com Neto, afirmando que essa postura tem gerado queixas entre políticos e apoiadores.
Além disso, muitos prefeitos do interior, que anteriormente apoiavam ACM Neto, têm migrado para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Um caso emblemático é o do prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), que manifestou seu descontentamento com Neto e se aproximou do governo estadual. Essa movimentação reflete uma reconfiguração política no estado, com o PT consolidando sua base enquanto a oposição, liderada por Neto, perde força entre antigos aliados.
A falta de uma liderança clara na oposição também é um tema recorrente. Enquanto alguns ainda veem ACM Neto como principal nome, outros apontam para figuras como o prefeito de Salvador, Bruno Reis, ou o ex-ministro João Roma. Essa incerteza gera um vácuo de poder que pode impactar as próximas disputas eleitorais na Bahia.
A debandada de prefeitos e a insatisfação com ACM Neto reforçam o desafio da oposição em se reorganizar para enfrentar o grupo político do PT, que tem ampliado sua influência no estado