A imagem do Cristo Redentor, um dos ícones turísticos de Ilhéus, tem sido ofuscada por um problema: a utilização do entorno da escultura como estacionamento para carros, motorhomes e até para montagem de barracas e festas informais. O alerta foi feito por Alcides Kruschewsky, presidente da Associação de Turismo de Ilhéus (ATIL), por meio de suas redes sociais e reforçado em declaração à Folha da Praia.

Segundo Alcides, a Praia do Cristo passou a ser mais frequentada nos últimos anos, o que, por um lado, representa o aumento da valorização do local como ponto de lazer e turismo. No entanto, a falta de ordenamento urbano e cuidados com a área tem causado transtornos e prejudicado a experiência dos visitantes.

“Ali parece um terreno baldio. É uma área com aspecto de abandono, e por isso está sendo usada como estacionamento por frequentadores da praia e por motorhomes de turistas de outras cidades”, afirmou Alcides. “Receber esse público é importante para o turismo, mas não ali, tão próximo ao nosso Cristo Redentor, que precisa ser protegido como atrativo cultural.”

O presidente da ATIL também ressaltou que, nos fins de semana, barracas ocupam a área ao redor, comprometendo a paisagem e dificultando registros fotográficos de turistas que visitam o local.

“É preciso delimitar um espaço de proteção, que só permita a aproximação de pedestres. Em muitas imagens de divulgação de Ilhéus, o Cristo aparece junto com a Baía do Pontal. Preservar essa paisagem é preservar o nosso cartão-postal”, completou.

Em publicação em sua rede social, Alcides pediu providências. Entre as sugestões, ele aponta o uso de áreas próximas — como o espaço entre a nova pista da ponte Jorge Amado e a Avenida Dois de Julho — como opção para estacionamento dos frequentadores da praia. Além disso, sugere que se busquem alternativas apropriadas para acolher motorhomes, sem comprometer o patrimônio histórico e visual da cidade.