A Profa. Maria Claudia H. Gomes dos Santos, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Anhembi Morumbi, desmistifica mitos relacionados com a comida e à forma como lidamos com ela nos dias de hoje. Desfazendo pré-conceitos e resgatando significados que muitas vezes descartamos, afinal de contas, quando o bolo, aquele da avó, virou vilão?

Já faz um tempo que comer se tornou um desafio. Recebemos informações sobre nutrientes e nutrição a todo momento e por todos os meios de comunicação. Não conseguimos mais comer comida, somos influenciados a consumir “superalimentos”, aqueles ricos em vitaminas, minerais, compostos bioativos, entre outros, além de nos desencorajarem a consumir alimentos ricos em açúcares, gorduras e até carboidratos.

Isso fica bem claro quando paramos para pensar sobre nossas atitudes em relação aos alimentos. Eu, por exemplo, como nutricionista, ouço muito as pessoas falarem que tem vergonha de dizer o que comeram, que eu não ficarei feliz com o que ela comeu ou simplesmente evitam comer ao meu lado, com medo do julgamento. Tudo bem, sou nutricionista e talvez conheça mais a composição nutricional dos alimentos – talvez mesmo, porque tem muitos “leigos” que sabem mais sobre nutrientes do que eu – porém, o julgamento também vem de pessoas que não são profissionais e que se acham no direito de julgar o que as pessoas comem ou deixam de comer.

Tudo isso é um reflexo de como vemos atualmente o comer. Comer virou simplesmente uma forma de fornecer combustível para o nosso corpo. Abandonamos fatores importantes relacionados à alimentação e comida. Comer é um ato que vai além do biológico. Precisamos saber que comer é um ato cultural, econômico, familiar, social e, também, biológico.

Quem não lembra da comida da mãe, do bolo da avó? E o arroz com feijão, a feijoada? Pratos que vão muito além do valor nutricional. Essas comidas têm história, sabor, lembrança. Sim, comida é mais que alimento, é o alimento simbolizado. A partir do momento que comer virou obrigação ou uma forma de nos nutrir, paramos de nos permitir sentir prazer em comer e quando sentimos prazer trazemos junto a culpa, pois se traz prazer não deve ser bom para a saúde.

O bolo da vovó é muito mais que um alimento, é uma comida. Traz além de nutrientes (sim, bolo tem nutrientes), lembranças, prazer e nos leva para outro momento, outro lugar. Para estimular especialistas e leigos de todas as regiões, a Chef Taila Siqueira, do curso de Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, compartilha uma deliciosa receita de bolo de fubá, com gosto de infância e cheiro de casa de vó. Pré-aqueça o forno e mãos a massa!

Bolo de Fubá

Ingredientes:

2 xícaras (chá) de leite

2 ovos

1 colheres (sopa) de manteiga

1 xícara (chá) de açúcar

1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado

3/4 de xícara (chá) de fubá

1 colher (sopa) de farinha de trigo

1/2 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de preparo:

Bata em um liquidificador o leite, os ovos, a manteiga e o açúcar até obter uma massa homogênea.

Em uma bacia (bowl), coloque o queijo parmesão, o fubá e a farinha de trigo. Adicione o conteúdo do liquidificador e misture bem.

Acrescente o fermento em pó e termine de misturar. Unte uma forma com manteiga e polvilhe com fubá. Asse em forno pré-aquecido a 170°C por aproximadamente 60 minutos. Depois de assado, desenforme e polvilhe com açúcar e canela a gosto.

Vamos voltar a comer o bolo da vovó?!

Sobre a Universidade Anhembi Morumbi

A Universidade Anhembi Morumbi oferece programas de graduação, graduação tecnológica e pós-graduação lato sensu e stricto sensu, distribuídos nas áreas de Ciências da Saúde; Turismo e Hospitalidade; Negócios; Direito; Artes, Arquitetura, Design e Moda; Comunicação; Engenharia e Tecnologia e Educação. Seus oito campi estão localizados nas regiões da Avenida Paulista, Vila Olímpia, Mooca, Morumbi, Vale do Anhangabaú, São José dos Campos e Piracicaba.

Possui laboratórios de última geração e diferenciais como a internacionalidade, já tendo enviado, desde 2006, milhares de alunos do Brasil para realização de cursos no exterior, além de receber centenas de estudantes estrangeiros em seus campi, que se tornaram locais multiculturais para o aprendizado.

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