Fenômeno natural com raízes indígenas promete espetáculo no céu ao entardecer
Os amantes da astronomia e da beleza natural do céu têm um encontro marcado nesta quinta-feira (10). Se o tempo permitir, será possível observar, em todo o Brasil, a chamada “Lua Cheia do Veado”, um fenômeno que, além de seu charme visual, carrega uma rica simbologia vinda das tradições indígenas da América do Norte.
O nome curioso tem origem na observação do ciclo da natureza no Hemisfério Norte. Por volta desta época do ano, os veados machos — os “bucks” — começam a desenvolver seus novos chifres, um marco de renovação que inspirou diversas tribos nativas a batizarem a lua cheia de julho com esse nome.
O ápice da Lua Cheia ocorrerá por volta das 17h30 (horário de Brasília). No entanto, o melhor momento para observação será no início da noite, pouco depois do pôr do sol. É nessa hora que a Lua surge no horizonte com sua coloração alaranjada e intensa, resultado do ângulo da luz solar em relação à atmosfera terrestre.
Outro nome pelo qual essa lua também é conhecida é “Lua do Trovão”, uma alusão às fortes tempestades de verão que costumam acontecer nesta época no Hemisfério Norte.
Para quem quiser apreciar o fenômeno, não é necessário nenhum equipamento especial. Um local com boa visibilidade do céu e afastado da poluição luminosa das cidades já é o suficiente. Binóculos simples podem aprimorar a experiência, revelando detalhes como as manchas escuras da superfície lunar, conhecidas como mares lunares.
Se o céu estiver limpo, vale a pena reservar um momento da noite para olhar para cima. A Lua Cheia do Veado não é apenas um espetáculo astronômico, mas também um lembrete poético da conexão entre a Terra, seus ciclos naturais e os povos que, por gerações, observaram o céu como parte de sua história e cultura.