O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, inaugurou hoje (3) o Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública Nacional (CIISPN), em Brasília. O órgão vai integrar e coordenar informações de segurança e operações com outros órgãos de inteligência nos estados. De acordo com o ministro, o centro é estratégico para o combate a organizações criminosas.

“A integração é tudo em matéria de segurança pública. Estamos insistindo muito nessa política e acredito que com isso nós conseguimos fazer mais com menos”, disse Moro. “As vezes a polícia de um estado não se comunica com a de outro estado ou com a Polícia Federal. E uma das principais ideias aqui é fortalecer essa troca de informações”, acrescentou.

A unidade de inteligência é composta por agentes das polícias civis e militares, órgãos federais e outras instituições especializadas no combate às organizações criminosas, como o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Esse é o segundo centro de integrado de inteligência. O primeiro, voltado para a Região Nordeste, foi inaugurado no ano passado, em Fortaleza (CE), pelo então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Na próxima semana, Moro inaugura, em Curitiba (PR), o centro da Região Sul. A intenção do governo é que exista um centro em cada uma das regiões do país.

Entre os objetivos dos centros estão a integração entre os agentes de segurança pública para produção de conhecimentos estratégicos e o acesso integrado dos conteúdos das bases de dados das diversas instituições e órgãos que compõem a estrutura de segurança pública.

“Essa unidade não é só questão de espaço físico. Você convoca policiais de diferentes estados e do Distrito Federal e isso faz com que diferentes experiências estejam reunidas e vai construindo laços de confiança e integração”, disse o ministro.

Coaf

Questionado sobre a possibilidade de o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sair da Justiça e retornar para a Economia, o ministro disse que não há nenhum movimento dentro do governo para fazer a mudança.

“Não existe nenhuma área do governo defendendo o retorno, a posição do governo foi externada na Medida Provisória [870/19]. Foi o governo quem editou a MP transferindo o conselho da então Fazenda para o Ministério da Justiça e Segurança Pública”, disse o ministro. “Achamos que o Coaf fica melhor aqui e não tem nenhum movimento dentro do governo [para mudar]. Vocês podem perguntar o ministro Paulo Guedes que ele vai dizer que não tem nenhum interesse no conselho”.

Moro disse que a discussão em relação ao Coaf, travado no Congresso Nacional, resulta de incompreensão sobre a atuação do conselho na Justiça. “É importante o Coaf estar aqui na Justiça e Segurança Pública porque ele tem informações essenciais em matéria de lavagem de dinheiro e que nos serão extremamente úteis para combater principalmente as organizações criminosos. Se você não tem o rastro do dinheiro fica muito difícil combater essas grandes organizações criminosas”, disse.

Fonte: Agência Brasil

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