O Chocolat Amazônia 2019 – VI Festival Internacional do Chocolate e Cacau e 18º Flor Pará superaram as expectativas de público e de comercialização. O evento realizado no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, de 19 a 22 de setembro, ultrapassou 35 mil visitantes e movimentou aproximadamente R$ 15 milhões em negócios durante as feiras de chocolate, flores e joias. Além disso, gerou negócios de R$ 7,6 milhões exportação de amêndoas de cacau. Durante os quatro dias, o evento reuniu 94 expositores, 32 marcas de chocolates de origem, equipamentos para processamento de chocolates, flores tropicais cultivadas na Amazônia, além de uma programação variada com ciclo de palestras, rodadas de negócios, concursos de amêndoas de cacau e chocolate, workshops de gastronomia com chefs de cozinha renomados, exposição de bolos decorados e esculturas de chocolate, oficinas de arranjos florais e ainda atividades para crianças. Estiveram presentes marcas de chocolate de origem da Bahia, Rio Grande do Sul e da Amazônia, cooperativas, bombonzeiras artesanais do Pará e estandes de joias criadas e produzidas por designers e microempresários do Programa Polo Joalheiro do Pará.
De acordo com o organizador do festival, Marco Lessa, todos os resultados foram positivos e superaram as expectativas. “O evento está consolidado e mostra o amadurecimento em todos os aspectos. O evento cumpre o seu papel. O papel que o Estado estabeleceu quando apoia, toma a iniciativa e realiza este projeto, tanto de chocolate, como das flores. Ele reafirma o Pará como o Estado líder na produção de cacau do Brasil e pleiteando crescer mais ainda no mercado internacional”, declarou.
Para o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, o festival é importante para mostrar as vocações produtivas para o mundo inteiro. “Esta feira demonstra a diversidade econômica e vocacional do Pará, o talento dos paraenses, que estão espalhados por 144 municípios do Estado. O desafio do poder público, das entidades da sociedade, de todos aqueles que querem bem e acreditam no nosso Estado para que possamos potencializar essas vocações no âmbito nacional e internacional, mostrando nossas riquezas gerando emprego, renda e agregando valor e desenvolvimento para as comunidades e nossa população”, destacou.
PÚBLICO – Em duas visitas ao Hangar Centro de Convenções, a terapeuta ocupacional Eloina Ávila, 57 anos, viu um amplo comércio que não conhecia. “Apesar de sermos a terra do cacau, é difícil encontrarmos determinados produtos em lojas, e aqui encontramos tudo. Queria muito comprar nibs de cacau e não encontrei na cidade, por exemplo”, contou. Ela aproveitou para comprar muito chocolate com diferentes concentrações de cacau.
A expositora da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), Diana Silveira, participou do festival apresentando suas marcas de chocolate fino. “Vendemos quase tudo nessa feira. Para mim foi muito emocionante porque nesta região vocês também produzem cacau e chocolate de qualidade e foi muito bom ouvir das pessoas que conhecem que o nosso chocolate é muito bom”, disse.
O proprietário da Santa Flora, Tim Penner, ficou feliz com a demanda dos consumidores. A Santa Flora esteve presente pela quarta vez Flor Pará. Um dos principais produtos do Santa Flora são os chamados ‘bambus da sorte’, além de folhagens para eventos. “O evento é importante para o público saber que existimos, meses depois da gente sair daqui ainda estamos recebendo telefonema do público que nos conheceu aqui”, conta. “A gente vende bastante cobre o custo e ainda dá para fazer o investimento, mas o negócio é posterior ao evento. Já vendemos até para floriculturas do interior e do Maranhão”, complementa.
UNIÃO – O VI Chocolat Amazônia Festival ainda permitiu o encontro de gestores públicos e entidades privadas para se unirem para o desenvolvimento da cadeia produtiva. O secretário de Agricultura do Estado do Bahia, Lucas Costa, esteve no lançamento do festival e garantiu que os planos são estreitar as relações entre os estados produtores de cacau para verticalizar a cadeia, trocar conhecimento e ter mais forças no mercado. “A gente tem muito a aprender com o Pará e o Pará com a Bahia. Por isso, a gente vem aqui conversar. Ver as tecnologias novas utilizadas no Pará, levar para a Bahia, da mesma forma que o Pará foi à Bahia no Festival do Chocolate de Ilhéus, trazendo tecnologias de lá para cá. A gente tem muito a ganhar com a união dos dois Estados. Agora não será mais só Bahia, ou o Pará, mas cacau do Brasil. Isso vai trazer um reforço muito grande para os cacauicultores brasileiros”, destacou.
Para o organizador Marco Lessa, o mercado ainda possui muito espaço para se expandir no Brasil. “O negócio de chocolate é absolutamente incrível, é rico demais. São vários tipos de cacau, oferecendo várias formulações, vários tipos de chocolate e a gente mal começou. No festival a gente troca ideias e informações, possibilitando que o chocolate da Bahia ou de outras partes do país tenham o cacau do Pará e vice-versa. A gente só tem um ganhador que é o Brasil e o consumidor brasileiro que tem mais oferta, qualidade e diversidade e um produto que tem um apelo social muito forte em função das 70 mil famílias que dependem deste produto para viver”, enfatizou.
O VI Chocolat Amazônia Festival e Flor Pará 2019 é uma realização do Governo do Estado do Pará por meio das secretarias de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (Sedap) e Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), em parceria com o Sebrae. O evento conta com patrocínio do Funcacau e Banpará e organização da MVU Eventos.
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