Diagnóstico precoce é o grande aliado dos homens no combate ao câncer de próstata
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres vivem, em média, sete anos a mais que os homens. Esse dado reforça a importância e a necessidade deles cuidarem da saúde e buscar acompanhamento médico. O câncer de próstata, exclusivamente masculino, é o segundo mais comum no país e fica atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata em 2017.
Segundo o médico urologista do Hospital Brasília, Fransber Rondinelle, a identificação precoce da doença aumenta as chances de um tratamento eficaz. Por isso, alguns exames e um acompanhamento médico devem fazer parte da rotina masculina. “Muitos estudos já comprovam que a saúde é, em grande parte, consequência dos hábitos de vida. Comportamentos saudáveis e acompanhamento de saúde preventivo são o caminho para o envelhecimento e uma vida de qualidade. Porém, os homens costumam dar menos atenção à saúde e realizam menos consultas médicas. Há estudos que mostram que grande parte dos homens só vão ao médico após estímulo da família e que já chegam à assistência com doenças mais avançadas quando comparados às mulheres e crianças”, explica.
A alta incidência do câncer de próstata motivou um número elevado de estudos nos últimos anos, se estendendo a todos os aspectos relativos a esta doença, com destaque para seu tratamento. “Em relação ao tratamento da neoplasia maligna (câncer) da próstata com diagnóstico precoce, cada vez mais ganha força o conceito de vigilância, pelo qual um paciente com doença de baixo risco de progressão não é tratado de forma ativa, apenas acompanhado com exames periódicos. Quando bem selecionados, entre 60% e 70% destes doentes nunca necessitarão de tratamento”, afirma o urologista.
As técnicas cirúrgicas também sofreram avanços importantes, com melhores resultados de controle do câncer e baixo índice de complicações. “A incidência de incontinência urinária, por exemplo, sofreu queda acentuada, chegando a relatos de 2% em várias instituições. Além disso, novas técnicas de modulação de feixes e planejamento da radioterapia externa possibilitaram o uso de doses maiores de radiação com menos complicações”, ressalta o urologista.
O especialista enfatiza que é possível ter qualidade de vida mesmo estando no estágio adiantado da doença. “Hoje tanto os pacientes com câncer prostático que necessitam de tratamento inicial agressivo com intenção curativa, quanto aqueles com doença avançada, já têm seu sofrimento abrandado, com menores consequências negativas do tratamento, melhor qualidade de vida e maior sobrevida. Numa realidade não distante, o câncer de próstata continuará sendo uma doença curável nos casos iniciais e uma doença crônica, com sobrevida longa e boa qualidade de vida”, finaliza Dr. Fransber.
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