Uma cidade é inteligente quando toma melhores decisões, e há apenas dois tipos de decisão: a estratégica e a tática. As decisões estratégicas determinam a coisa certa a fazer. As decisões táticas escolhem a maneira certa de fazê-la.
A tecnologia inteligente não é inteligente se nos faz confundir, enquanto cidadãos, as decisões estratégicas com as táticas. Em outras palavras, há muitas decisões sobre o funcionamento de uma cidade que felizmente podemos delegar à tecnologia. Mas há questões de governança, de determinação de nosso destino, de decidir o que é certo fazer enquanto sociedade que, se delegarmos, abdicaremos. “Governar é escolher”, disse uma vez John F. Kennedy
Cidades inteligentes tomam melhores decisões. Mas as cidades que são Inteligentes, Humanas e Resilientes e consequentemente Sustentáveis, tomam as melhores decisões ao permitir que os cidadãos debatam vigorosamente a linha correta de ação e, em seguida, deixando a tecnologia executar corretamente. Sim, não se constrói este novo modal de cidade de cima para baixo, não funciona! O fator vocacional e o ecossistema social e humano são pilares necessários.
Com esta reflexão, convido para um mergulho neste tema, tão desafiador e necessário para fazer frente às demandas crescentes que as cidades enfrentarão a partir de agora. Venham comigo!
As CARACTERÍSTICAS de uma Smart Cities
- São cidades inovadoras, sustentáveis, inclusivas, resilientes e conectadas, orientadas para promover a criação de negócios e emprego e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
- Utilizam a informação, o conhecimento e as tecnologias digitais para atingir objetivos sociais, econômicos e ambientais e responder com resiliência, aos desafios urbanos do futuro.
- Operam como laboratórios vivos, palcos de desenvolvimento e experimentação de soluções urbanas em contexto real, numa lógica de inovação aberta e co-criação com o envolvimento dos cidadãos.
A MOTIVAÇÃO para se construir uma Smart Cities
- A melhoria da administração pública não está restrita ao uso de práticas e ferramentas de gestão oriundas da administração de organizações privadas. Faz-se necessária uma série de ações consolidadas para que uma organização pública ou um governo galgue o salto qualitativo de administração que deseja.
A figura a seguir apresenta uma estruturação que contempla as principais práticas encontradas e atribuídas ao movimento de NGP (Nova Gestão Pública), consolidadas por categorias
A METODOLOGIA aplicada
Levar inteligência urbana para as cidades, é um trabalho que exige visão sistêmica das demandas locais e metodologia para promover as soluções necessárias, sempre obedecendo o aspecto vocacional de cada cidade/região.
A metodologia aplicada, integra um conjunto de dimensões de análise, subdimensões e indicadores, presentes no conceito integrado de ‘cidade inteligente’. As dimensões chave do índice são: Governança, Inovação, Sustentabilidade, Qualidade de Vida e Conectividade.
A recolha de informação para quantificação dos indicadores é realizada através de estatísticas oficiais, (IBGE, SEI, etc) contato com organismos públicos e envio de questionários aos municípios da amostra.Para evitar distorções resultantes da utilização de diferentes unidades de medida, os indicadores são normalizados numa escala de 0 a 10, resultando na média das pontuações atribuídas às cinco dimensões de análise.
Como acima descrito, a matriz usada para a construção de uma Smart Cities, é formada por cinco dimensões: Governança, Inovação, Sustentabilidade, Qualidade de Vida e Conectividade. Estas 5 dimensões são alimentadas por 24 sub dimensões,que abraçam todo setor da gestão pública, gerando assim o fomento à Cidadania e ao Bem Estar Social.
Na próxima semana daremos continuidade nesta construção, detalhando cada dimensão e subdimensão citada. Vale a pena esperar!
- Eugênio Badaró, especialista na construção de projetos, que levam inteligência as cidades, as Smart Cities, melhorando a Governança Pública, desonerando o Tesouro Municipal, dentro do conceito da Sustentabilidade Integral, que foca na Humanização e Resiliência dos centros urbanos, estará colaborando com o aprofundamento do tema, semanalmente na nossa revista eletrônica da Folha da Praia: www.folhadapraia.com
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