Mecanismo de ação inédito que bloqueia de forma irreversível1 a multiplicação de células cancerígenas e é capaz de aumentar em mais de 12 meses a sobrevida do paciente1,[2]
A Boehringer Ingelheim, uma das principais farmacêuticas do mundo focada em pesquisa para soluções terapêuticas inovadoras, lança no Brasil o afatinibe (Giotrif®), indicado como primeira linha de tratamento para o câncer avançado e/ou metastático (quando a célula do câncer está na corrente sanguínea). O princípio ativo é altamente recomendado para os pacientes que sofrem com uma mutação que ocorre em 24% dos casos de adenocarcinomas (câncer de pulmão de não pequenas células, com mutações no receptor do fator de crescimento epidermóide) e que não foram tratados previamente com outros tipos de terapia alvo (medicamentos ou quimioterapia antes da metástase –quando o câncer se espalha além do local onde começou para outras partes do corpo – ou progressão da doença)[3].
“O afatinibe (Giotrif®) é um tratamento de 2ª geração (evolução da primeira geração de medicamentos) capaz de impedir que as células cancerígenas continuem se multiplicando. É uma terapia alvo, dirigida à alteração molecular responsável por este tipo de câncer de pulmão. Ou seja, a molécula nunca mais se desliga do receptor que sofre com a mutação, bloqueando assim sua multiplicação”, explica o Dr. Carlos Barrios, oncologista, pesquisador e Diretor do Grupo Latino Americano de Investigação Clínica em Oncologia (LACOG).
O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer entre homens e mulheres, e é um dos tumores malignos mais comuns. As estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para 2016 são de 28.220 novos casos de câncer de pulmão, o que representa cerca de 13% do total, sendo 17.330 homens e 10.890 mulheres[4]. A cada ano, mais pessoas morrem de câncer de pulmão do que de câncer colorretal, câncer de mama e câncer de próstata combinados[5].
Segundo os especialistas, o que diferencia o novo medicamento das terapias disponíveis no mercado é o mecanismo de ação inédito. A chegada do medicamento marca uma esperança para os pacientes que buscam uma nova opção de tratamento. “O afatinibe abre novas perspectivas para pacientes com mutação do gene EGFR, por atuar de forma inédita na inibição da doença. Alguns estudos[6] mostram que a molécula atua com redução de 27% na progressão da doença e aumento de 25% na resposta objetiva do tratamento. A chegada do medicamento traz uma opção sólida para os pacientes que buscam um tratamento com maior eficácia”, diz o Dr. Antonio Carlos Buzaid, oncologista, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, diretor geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
O lançamento de Giotrif® também marca a entrada da farmacêutica em uma nova área terapêutica. “A Boehringer Ingelheim tem o compromisso de oferecer tratamentos eficazes que possibilitem melhoras tangíveis na saúde e na qualidade de vida dos pacientes. Em linha com o mercado, investimos cerca de 10 a 12 anos no desenvolvimento de novos medicamentos como, por exemplo, o afatinibe. É uma grande conquista para a empresa poder proporcionar aos pacientes brasileiros uma opção de tratamento com o melhor mecanismo de ação do segmento e com eficácia superior em relação aos tratamentos já existentes.”, explica a Dra. Patrícia Rangel, diretora médica da Boehringer Ingelheim do Brasil.
Sobre câncer de pulmão
Câncer de pulmão é um dos tumores mais incidentes, com 1,6 milhões de casos novos por ano no mundo, (55% em países emergentes)[7]. É a principal causa de mortalidade por câncer no mundo, sendo responsável por 18,2% de todas as causas de morte por câncer 5 .
Tipos de Câncer de pulmão [8]
Dos tipos de câncer de pulmão, os principais são o de Pequenas Células (de 10% a 15%) e o de Não Pequenas Células (85% a 90%)[9], este grupo mais incidente se divide em:
o Adenocarcinoma: Cerca de 57% dos cânceres de pulmão são adenocarcinomas. Esses tumores começam nas células que revestem os alvéolos e produzem substâncias como muco. O adenocarcinoma é normalmente encontrado nas áreas externas do pulmão e tende a crescer mais lentamente do que os outros tipos.
o Carcinoma de Células Escamosas: Corresponde a cerca de 30% dos cânceres de pulmão. Esses tumores começam nessas células, que têm características achatadas, e revestem o interior das vias aéreas nos pulmões. Esse tipo está relacionado com o tabagismo e tende a ser encontrados na região central dos pulmões, perto de um brônquio.
o Carcinoma de Grandes Células: Este tipo de tumor é responsável por 10 a 15% dos cânceres de pulmão. Ele pode aparecer em qualquer parte do pulmão e tende a crescer e se espalhar rapidamente, o que pode tornar o tratamento mais difícil.
Terapia-alvo
Terapia alvo é um novo tipo de tratamento do câncer que usa princípios ativos ou outras substâncias para identificar e atacar especificamente as células cancerígenas e provocar poucos danos às células normais. Cada tipo de terapia alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce, se divide, se auto repara, ou como interage com outras células. Os medicamentos alvo funcionam de forma diferente dos quimioterápicos convencionais, e muitas vezes têm efeitos colaterais menos graves[10]. O medicamento que chega ao mercado, Giotrif®, tem como alvo o Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR), que é uma proteína encontrada na superfície das células, que normalmente as ajuda a crescer e se dividir. E já está disponível em mais de 70 países.
Estudos
A aprovação do medicamento foi baseada na apresentação do estudo Fase III LUX- Lung 3[11] realizado com mais de 300 pacientes, que compara a nova molécula com o melhor esquema quimioterápico utilizado para o tratamento, aponta um aumento de mais de 12 meses a sobrevida global do paciente com uma alteração genética chamada deleção 19, em comparação à quimioterapia1,2, crescimento na sobrevida livre de progressão da doença e maior taxa de resposta. Além disso, os sintomas relacionados ao câncer de pulmão foram controlados de forma superior com afatinibe, que por ser um medicamento de uso oral, ainda permite melhor manejo dos efeitos colaterais e, consequentemente, um menor índice de abandono do tratamento. Além da análise padrão versus quimioterapia, a Boehringer Ingelheim encabeçou um estudo inédito incluindo outras terapias-alvo disponíveis no mercado. O LUX-Lung 74 tem como objetivo explorar as diferenças entre afatinibe (segunda geração) e gefitinibe (primeira geração) em um contexto de comparação direta. Os dados obtidos comprovam a eficácia da nova molécula com redução de 27% na progressão da doença e aumento de 25% na resposta objetiva. Esses resultados surpreendentes são possíveis por conta do mecanismo de ação inovador de afatinibe, capaz de inibir de forma irreversível1 todos os receptores da mutação EGFR, impedindo que as células cancerígenas continuem se multiplicando.
Sobre Câncer de pulmão de não pequenas células
Causas
O estilo de vida está diretamente relacionado ao surgimento do câncer de pulmão. A principal causa é o tabagismo, mas a doença também está relacionada a excesso de radiação, poluição, sedentarismo e até alimentação7.
Sintomas
Os sintomas iniciais do câncer de pulmão são semelhantes a uma gripe, que parece nunca melhorar. Por isso, o diagnóstico muitas vezes é tardio7.
Os sinais e sintomas mais comuns do câncer de pulmão são: tosse, dor no peito, rouquidão, perda de apetite, falta de ar, fadiga, tosse com expectoração mucosa, tosse com expectoração com sangue e infecções[12].
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pulmão é feito a partir de exames de tomografia e confirmado por meio de uma biopsia do tecido pulmonar. Em caso de resultado positivo para adenocarcinoma, o tipo mais comum de câncer de pulmão, é obrigatória a realização de um exame genético (molecular) para identificação do tipo de mutação presente7.
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