O Dia Global do Empreendedorismo Feminino foi 19/11, lançado pela Organização das Nações Unidas, a ONU, em 2014. O intuito da ação é colaborar no debate das questões que envolvem a atuação cada vez mais expressiva do público feminino no âmbito dos negócios. O Município auxilia pessoas que desejam se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI), por meio da Sala do Empreendedor e de ações itinerantes realizadas em diversos bairros e distritos de Ilhéus.
Nilma Berdnazuck é empreendedora formalizada há 11 anos no MEI. A proprietária da confeitaria Divina Doçura, trabalha com encomendas de bolos e tortas, e possui uma expressiva cartela de clientes que confere a profissional, talento, simpatia e bom atendimento. A experiência levou Nilma ir um pouco mais longe. Paralelo a esta atividade, divide-se ministrando aulas de confeitaria no curso de Gastronomia da Faculdade Madre Thaís.
“Durante a minha adolescência trabalhei para outras pessoas. Mas chegou um momento que eu senti a necessidade de ter o meu próprio negócio, era um sonho. Não é fácil, cada dia tem sido um desafio, mas eu não volto atrás de forma alguma. Hoje, quero empregar pessoas, dar oportunidades”, contou a microempresária.
Júlio César Melo, superintendente de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, explicou que as ações do Governo Municipal chamam a atenção da sociedade para a importância do trabalho desenvolvido pelos microempreendedores.
“O prefeito Mário Alexandre tem dispensado atenção especial para a área de fomento ao comércio. As mulheres vêm despontando como uma nova força no sentido de empreender em função da busca por negócios próprios. Ilhéus vive um momento extremamente positivo e entra na rota de possibilidade de negócios na região”. Melo acrescenta que a Sala do Empreendedor ministra cursos, treinamentos e capacitações por meio das ações itinerantes nos bairros.
Orgulhosa da sua história, Nilma Berdnazuck está consciente dos seus desafios e enxerga neles, a oportunidade de transformar a vida de outras pessoas, a meta para os próximos anos é agregar parcerias. “Essa estratégia visa auxiliar mulheres que assim como eu, desejam ter uma renda”. E arremata. “O MEI abriu portas para mim e hoje eu digo com muito orgulho que sou a dona do meu próprio negócio”.
Berdnazuck destaca que a alternativa de possuir um negócio próprio diminui as desigualdades, já que é comum mulheres se afastarem do mercado de trabalho por conta de uma gestação e dos cuidados com a casa e com os filhos. “As ideias tendem a morrer se não forem colocadas em ação. Algumas mulheres só precisam disso, colocar o projeto em ação, porque eu tenho certeza que na cabeça delas fluem muitas ideias positivas”.
Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nos últimos dois anos, a proporção de mulheres empreendedoras que são chefes de domicílio passou de 38 para 45%. Ainda de acordo com a entidade, as mulheres empreendedoras atualmente representam 48% dos Microempreendedores Individuais, atuando principalmente em atividades de beleza, moda e alimentação.
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