Economistas ouvidos pelo Banco Central também apostam em um cenário de queda da inflação e dos juros

Economistas das instituições financeiras revisaram para cima a projeção de crescimento da economia brasileira para este e para o próximo ano. Agora, a expectativa dos analistas é de que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 0,70% em 2017, ante estimativa anterior de 0,68%.

Para 2018, as projeções apontam para um crescimento de 2,38% da economia brasileira. Anteriormente, essa estimativa estava em 2,30%. Os números constam do Boletim Focus, documento semanal elaborado pelo Banco Central com estimativas de cerca de 100 analistas.

O aumento da projeção para o PIB ocorre após o avanço da economia no segundo trimestre do ano. No período, a economia cresceu 0,2%, acima do esperado diante do aumento surpreendente do consumo das famílias.  

Diante desse cenário, o próprio Banco Central reviu em um relatório suas projeções para a economia. Para este ano, a instituição elevou a estimativa de avanço da economia de 0,5% para 0,7% e, em 2018, a aposta é de um crescimento ainda maior, de 2,2%.

Inflação em queda

Para os especialistas consultados pelo Banco Central, o crescimento da economia brasileira se dará em meio a um cenário ainda mais favorável, de queda da inflação e da taxa básica de juros, a Selic.

Em 2017, a estimativa dos analistas é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, encerre o ano em 2,95% e fique dentro da meta perseguida pelo Banco Central em 2018, atingindo 4,06%. 

A função principal do Banco Central é zelar pela estabilidade financeira do País e controlar a inflação. Para isso, ele segue uma meta de inflação, que é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Atualmente, a meta está fixada em 4,5%, mas permite um patamar máximo de 6% e mínimo de 3%.

É tão importante manter a inflação sob controle que quando essa meta não é atingida o presidente do Banco Central tem de enviar uma carta ao ministro da Fazenda explicando os motivos que deixaram os preços fora dos parâmetros do CMN. ,

Diante do rápido processo de desinflação visto no último ano, a meta foi alterada: a meta inflacionária passa a ser de 4,25% em 2019 e de 4% em 2020.

Juros estruturais

Principal instrumento de combate à inflação, a taxa básica de juros, a Selic, vem acompanhando esse processo de queda nos preços: recuou de 14,25% ao ano, em junho do ano passado, para os atuais 8,25% ao ano – o menor nível em quatro anos.

Como a Selic é utilizada pelo Banco Central para encarecer ou baratear o acesso ao crédito, essa redução leva a um aquecimento do consumo e a um aumento da atividade econômica. Isso porque a queda da taxa básica viabiliza mais investimentos do setor produtivo.

Para os economistas, a taxa básica deverá chegar ao patamar de 7% ao ano no final de 2017, repetindo o mesmo desempenho ao final do próximo ano. Caso isso se confirme, o Brasil conviverá com os juros mais baixos da história.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Banco Central

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