#Ilhéuscontraocoronavírus – O estado clínico de saúde de uma mulher internada na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Ilhéus, com diagnóstico positivo de
coronavírus, tem respondido bem ao uso do medicamento hidroxicloroquina. Liberada
pelo Ministério da Saúde para tratamento específico de pacientes hospitalizados, isto é,
que necessitem de internação, a substância cloroquina está sendo utilizada pelo Sistema
Único de Saúde para o tratamento de pacientes com Covid-19, inclusive em Ilhéus.
“É uma paciente que embora tenha apresentado uma baixa da saturação de oxigênio, ou
seja, quando há uma dificuldade de trocar oxigênio, não está em ventilação mecânica e
nem com um quadro de saúde tão grave. Foi feito o protocolo para uso da
hidroxicloroquina, para a busca da efetividade do medicamento. A resposta da paciente
tem sido positiva”, explicou o médico cardiologista e coordenador do Comitê Operacional
de Emergência (COE) de Ilhéus, Dr. André Cezário.
Critérios – No entanto, Cezário salientou que não é qualquer paciente com Covid-19 que
poderá fazer uso da substância. “A orientação técnica hoje é que a cloroquina seja
ministrada em ambiente hospitalar, com prioridade para pacientes internados. Como as
coisas estão mudando rápido, já existe tendências de alguns grupos para uso em
pacientes com monitoramento em ambiente domiciliar, mas isso não está amplamente
liberado”, detalhou.
Utilizada para o tratamento da malária há mais de 70 anos, bem como já utilizada para
combater doenças como artrite reumatoide e lúpus, a substância da cloroquina tem sido
descrita em vários estudos científicos como eficaz tanto para inibir o contágio como para
conter a infecção contra a Sars, doença respiratória que atingiu a China no ano de 2002
e que pertence ao grupo do coronavírus, o mesmo da pandemia da doença Covid-19.
“Embora o resultado positivo da cloroquina para tratar a Covid-19 seja descrito em vários
estudos, não existe ainda nenhuma comprovação científica. Mas diante de uma pandemia
que traz essa situação tão grave e de resultados observacionais que mostram a efetividade
da substância, seguimos diante das observações clínicas descritas por outros
profissionais”, explicou. O cardiologista informou ainda que a droga pode causar efeitos
colaterais, entre eles, alguns tipos de alterações cardíacas.
Estoque – Com a ampla divulgação sobre a reposta positiva do medicamento na melhora
de pacientes com Covid-19, muita gente começou a comprar a cloroquina por conta
própria, o medicamento começou a faltar para pessoas com outras patologias que
dependem da substância, e, por isso, o medicamento foi suspenso. “Hoje em dia quem
fornece para as unidades hospitalares é o Estado. Na Bahia, a Secretaria de Saúde do
Estado (SESAB)”, explicou Cezário.
Comentários
Sem Comentários