De acordo com estimativa do INCA, o Brasil deve registrar, em 2019, cerca de 59.700 novos casos de câncer de mama, tipo de neoplasia maligna mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Nas mulheres da região Nordeste, o câncer de mama também é tipo mais frequente com incidência de 40,36 casos a cada 100 mil mulheres. Em homenagem ao Outubro Rosa, o NOB – Grupo Oncoclínicas promove várias ações para conscientizar a população sobre a importância da prevenção do câncer de mama e estimular a adoção de hábitos saudáveis. “É importante lembrar que apenas 10% dos casos de câncer de mama são atribuídos a causas hereditárias,  outros fatores como obesidade, tabagismo, consumo de álcool em excesso e sedentarismo aumentam a possibilidade de desenvolver o câncer de mama”, esclarece Renata Cangussú , oncologista do NOB – Grupo Oncoclínicas. “Hábitos de vida como a pratica regular de atividade física, alimentação equilibrada, controle do peso e não fumar aliados aos exames de rotina periódicos reduzem o risco de desenvolvimento não apenas do câncer de mama, mas de inúmeras outras doenças e complicações na saúde”, acrescenta a especialista.

 

A mamografia é o principal exame para diagnóstico precoce do câncer de mama, uma vez que é o único exame capaz de detectar um tumor com menos de um centímetro. Deve ser feita, preventivamente, a partir dos 40 anos de idade uma vez por ano. Quando há algum caso de câncer de mama na família, avó, mãe, tia ou irmã, a mamografia deve ser feita, anualmente, a partir dos 35 anos de idade.

 

Além da herança genética (mulheres cujas mães, irmãs ou tias tenham tido câncer de mama), vários fatores de risco podem favorecer o desenvolvimento da doença. A idade (mais de 40), a obesidade, o sedentarismo, dietas ricas em gordura de origem animal, alterações hormonais, tabagismo, nuliparidade (não ter tido filhos), menarca precoce (primeira menstruação) e menopausa tardia (última menstruação), consumo excessivo de bebida alcoólica e o fato de nunca ter amamentado são alguns dos aspectos que podem contribuir para o surgimento da doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, nas faixas etárias pré e pós menopausa, o risco de ter câncer de mama aumenta em mulheres com excesso de gordura corporal, especialmente aquelas que apresentam medidas aumentadas da circunferência abdominal.

 

 

Estatísticas

 

 

Segundo estatísticas mundiais do Globocan 2018, da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), o câncer de mama e o de pulmão são os principais tipos de tumores no mundo em termos de incidência. No Brasil, segundo dados do INCA, o câncer de mama representa cerca de 29,5% dos casos novos de brasileiras diagnosticadas com câncer a cada ano. Nas mulheres da região Nordeste, o câncer de mama também é tipo mais frequente com incidência de 40,36 casos a cada 100 mil mulheres. Apesar ser o tipo de tumor que mais causa mortes entre as mulheres brasileiras, o câncer mamário pode ser descoberto precocemente. Quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura ficam em torno de 95%. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representa apenas 1% do total de casos da doença. Os especialistas da área são unânimes: quanto antes o tumor for diagnosticado e tratado, maiores são as chances de cura.

 

 

Workshop inédito vai abordar como lidar com um diagnóstico de câncer na empresa

 

O impacto no trabalho após o diagnóstico de um câncer, direitos do trabalhador diagnosticado com a doença, reinserção no mercado de trabalho após o tratamento são alguns dos assuntos que serão abordados durante o 1º Workshop Como Lidar com um Diagnóstico de Câncer na sua Empresa, que acontece no próximo dia 4 de outubro, das 8 às 10 h, na sede do NOB em Ondina. O evento é aberto a profissionais de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Inscrições gratuitas através do e-mail comunicacao@nob-ba.com.br ou do sympla https://www.sympla.com.br/1-workshop-como-lidar-com-um-diagnostico-de-cancer-na-sua-empresa__642407

 

Um estudo realizado pela oncologista Luciana Landeiro, da equipe do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB) / Grupo Oncoclínicas, revela que mulheres com diagnóstico de câncer de mama, mesmo aquelas que já enfrentaram a doença,  têm menos chances no mercado de trabalho. O estudo “Retorno ao trabalho após o diagnóstico do câncer de mama: Estudo prospectivo observacional no Brasil” é resultado da tese de doutorado da médica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e foi publicada na Revista Cancer, publicação cientifica norte-americana e uma das principais revistas internacionais na área de oncologia.

 

Com o aumento dos casos de câncer de mama em mulheres em idade produtiva, é preciso desenvolver estratégias com foco na assistência e reabilitação para volta ao trabalho, assim como estimular o mercado a dar oportunidades às pacientes oncológicas. “Após o tratamento, as pacientes precisam retomar sua vida normal. O retorno ao trabalho faz parte do retorno à normalidade, contudo esse tema é pouco visitado e discutido. Acredito que a  criação de programas de inclusão no mercado de trabalho para pacientes oncológicos poderia ser uma das formas de melhorarmos o número de pacientes que retornam às suas atividades laborais após o câncer”, afirma a pesquisadora. 

 

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