Ele só tem 4 anos, e eu já perdi o controle…

Foi o que me disse uma mãe com os olhos cheios de lágrimas, enquanto me contava o quanto não aguentava mais a agressividade do filho.

Essa mãe me contou que ele é muito agressivo, briga com todo mundo… e a gota d’água foi quando a escola que ele estuda pediu pra ela não levar mais ele pra lá. E em casa, o filho fica descontrolado, se machucando, quebrando as coisas, desobedecendo as ordens e o pior: a mãe chegou ao ponto de ter medo de deixar ele perto de sua outra filha de 1 ano e 2 meses, e ele machucá-la também…

“Dr. Clay, me ajuda pelo amor de deus, o que eu faço?”

É de doer o coração, mas isso é infelizmente muito comum, e se você não tem um filho, sobrinho, neto ou mesmo um aluno assim, certamente conhece alguém que tem uma criança ou aluno que é extremamente agressivo, desafiador e opositor…

É por isso que quero falar 2 coisas com você neste e-mail:

Primeira coisa:

Por quê existem crianças tão agressivas? Será que isso é transtorno ou uma fase que vai passar?

Se essas características que eu falei aqui são frequentes, pode sim ser um transtorno, e o nome dele é TOD (Transtorno Opositivo Desafiador). Esse padrão de comportamento é sério, e precisa ser identificado, diagnosticado e tratado.

Se a criança é ignorada, e a escola simplesmente age como se fosse uma malcriação, essa criança com TOD pode ter uma vida escolar prejudicada, uma vivência familiar estressante e uma vida social comprometida.

Segunda coisa:

As comorbidades do TOD são mais sérias do que você imagina…

Sabia que uma criança com TOD pode ter também TDAH? E o T ranstorno Bipolar, Depressão e Autismo que são muito associados ao TOD podem evoluir para Transtorno de Conduta. E quando a situação chega a esse ponto, a criança tem o emocional bastante atingido.. e não preciso nem dizer que isso torna o tratamento mais sério e complicado ainda, né?

O que você pode fazer para ajudar essa criança com TOD?

Antes de tudo, preciso falar para você que: não é fácil… incontáveis vezes já vi professores, pedagogos e psicopedagogos desesperados, porque não sabem o que fazer com aquela criança que “faz e acontece” na escola, e os pais são mais perdidos ainda sobre o motivo de a criança ser assim…

Um grande abraço,

Dr. Clay Brites

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