Por Claudia Moraes
A aplicação da tecnologia e seus respectivos avanços tornaram-se importantes aliados para a democratização do ensino, principalmente quando pensamos na possibilidade de ocorrer de maneira híbrida, unindo educação presencial e a distância. Esse movimento ganha ainda mais força a partir de um decreto do Ministério da Educação, publicado em maio deste ano, que permite que instituições de ensino superior possam ser homologadas no modelo de EAD sem, necessariamente, contarem com turmas presenciais. A proposta do governo é ampliar a oferta de cursos de graduação, tendo em vista o momento econômico e as mudanças tecnológicas vividas no Brasil.
É importante observar que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto houve aumento de 2,3% nas matrículas em cursos presenciais de graduação no país, a modalidade de educação a distância avançou 3,9%, segundo o Censo da Educação Superior 2015, divulgado no final do ano passado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). E quando olhamos para o ensino híbrido, vale destacar ainda o aumento de 27% dos cursos semipresenciais que adotam essa estratégia, de acordo com Censo EAD-BR, da Associação Brasileira de Ensino à Distância (ABED).
Indo além da graduação, as soluções digitais alcançam outros cursos, como o de reciclagem para quem teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada. Essa já é uma realidade, por exemplo, nos estados de São Paulo e Alagoas, onde é possível preparar-se para reaver a carteira de modo 100% a distância.
A educação para o trânsito, aliás, tem vivido importantes avanços tecnológicos, alinhados à evolução digital que vivemos. Nesse sentido, os cursos de formação de motoristas contam com novos recursos multimídia personalizados, que se adaptam às necessidades dos candidatos. É a possibilidade para as autoescolas não apenas trabalharem com os alunos em sala de aula, mas trilharem um caminho para o compartilhamento de conceitos básicos via tela de tablets, computadores ou smartphones, oferecendo vídeos, animações e infográficos.
Dessa forma é possível reforçar conceitos-chave e promover um processo de reeducação direcionado e efetivo. É um caminho para engajar e capturar a atenção, especialmente dos jovens, para uma forma mais atual de aprendizado, em um segmento como o trânsito, que merece atenção redobrada, pois lida com vidas em tempo integral.
Em um futuro breve, a aplicação do conceito de educação híbrida na formação de motoristas, permitirá que o acesso ao conteúdo comece antes do aluno sair de casa e prossiga no deslocamento dele até a unidade de ensino, podendo, desta forma, tirar melhor proveito do tempo em que estará na aula presencial.
A popularização da educação híbrida representa democratizar o acesso ao conhecimento e ainda proporcionar uma experiência que seja flexível e que ofereça a liberdade de escolher de qual forma se deseja aprender. Em resumo, é autonomia e aprimoramento para alunos e instrutores, que buscam cada vez mais conhecimento para contribuírem com a construção de um trânsito inteligente e seguro.
Claudia Moraes é diretora de produtos da Procondutor, empresa especializada no mercado de educação de trânsito e que oferece aos Centros de Formação de Condutores (CFCs) cursos no sistema de educação digital, para contribuir com a evolução dos processos de obtenção, atualização da renovação e reciclagem da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
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