Por Reinaldo Soares*
Fomos sempre chamados de Pátria de Chuteiras, por ser o país com os maiores títulos mundial e o maior exportador de jogadores do mundo. A Copa do Mundo sempre simbolizou um momento de unidade e sonho coletivo do Brasil, até que os 7 x 1 criou uma frustração coletiva nos brasileiros.
Realizada de quatro em quatro anos, a Copa do Mundo de Futebol coincide com as eleições. Erradamente, sempre atribuímos ao futebol a culpa ou solução dos nossos problemas. Para quem no ano eleitoral estar no poder, sempre torce pela vitória da seleção, para oposição, uma derrota mudaria o humor do brasileiro podendo refletir em suas escolhas eleitorais.
O futebol é uma das invenções do homem mais inexplicável pelo seu impacto em todos os povos e culturas tão diferentes. Os dribles, as belas jogadas, o gol e principalmente a imprevisibilidade dos resultados, provocam sentimentos e reações universais.
Considerado por uma parte da população como elemento alienador e por outros como momento de despertar revolta e insurreição, o futebol é apenas um esporte, e como tal, não dever ser responsável por um ambiente de estabilidade ou revolta.
Como esporte, o futebol deve representar momentos de alegria, superação e unidade. É o esporte mais universal. O estádio é uma grande arena e a televisão é a projeção desta arena nos quatro cantos do mundo.
O patriotismo e nacionalismo despertado na Copa, estão presentes em todos os países, sejam eles ricos ou pobres.
A Copa da Rússia está nos fazendo reviver os grandes momentos de unidade nacional, perdidos com as divisões ideológicas e políticas e agravadas depois do 7×1. A copa não é alienação, como também não será salvação. Nossos problemas e mazelas continuam, mas que bom podemos parar para torcer e vibrar com as vitórias vestidos de verde e amarelo. Que bom, sentir o retorno da pátria de chuteiras.
Chegamos ás quartas de finais. Faltam apenas três jogos e a Bélgica é o nosso próximo desafio. Vamos juntos buscar o hexa e terminada a Copa, seja qual for o resultado, que saibamos nas eleições, escolher pela razão nossos representantes, pois a paixão deve ficar na torcida da nossa Seleção e dos nossos clubes.
* Reinaldo Soares é Mestre em Cultura e Turismo pela UESC/UFBA, Ex- Presidente do Conselho Municipal de Educação de Ilhéus- Diretor do IBEC, Palestrante, Professor da Pós-Graduação da FACSA/IBEC e do Colégio Estadual Professora Horizontina Conceição. E-mail: profreinaldosoares@hotmail.com
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