O senador Dário Berger (PMDB-SC) afirmou, em pronunciamento nesta quarta-feira (11), que o presidencialismo se esgotou. Para ele, dificilmente um presidente da República pertencerá a um partido com maioria no Congresso para dar suporte às suas ideias de formulação de políticas públicas.

Dário Berger lembrou que, há 30 anos, quando a Assembleia Nacional Constituinte se reunia para elaborar a Constituição de 1988, seus integrantes tinham um forte espírito parlamentarista, porém, no plebiscito de 1993, a população escolheu o regime presidencialista para o governo brasileiro.

O senador disse que, por isso, se criou no Brasil o chamado presidencialismo de coalizão, onde se entregam ministérios a partidos em troca de apoio no Parlamento.

Para Dário Berger, o caminho ideal para o país seria um sistema semipresidencialista, onde o presidente teria poder de veto nas questões soberanas, mas pouca influência na política interna do país.

– O semipresidencialismo confere protagonismo ao Congresso Nacional submetendo-se por outro lado a um controle maior pelos cidadãos e pela sociedade civil organizada. No meu modo de entender, no tocante ao sistema de governo, esta é uma mudança que precisamos fazer para fortalecer os poderes e as instituições. Mudar para readquirir a confiança e a plena participação da sociedade – afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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