Agenda do presidente prevê encontros com 46 deputados de 15 partidos da base aliada; reuniões contra nova denúncia da PGR tiveram início às 10h vão até as 21h20; “Temos que lidar com mais uma denúncia inepta e sem sentido”
O presidente Michel Temer realiza nesta terça-feira (3) uma maratona de reuniões com deputados para tentar barrar o avanço da segunda denúncia apresentada contra ele pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot . Ao todo, o presidente se reúne com 46 deputados de 15 diferentes partidos da base aliada ao longo desta terça. Os encontros tiveram início às 10h da manhã e vão até as 21h20 da noite.
Pelas redes sociais, o presidente Michel Temer afirmou que as conversas com “representantes de todos os partidos da base” trata-se de uma “rotina”. “O diálogo é fundamental para a harmonia entres os poderes. Vou conversar com representantes de todos os partidos da base, de todas as regiões do Brasil. É uma rotina que sempre mantive”.
O presidente também voltou a atacar a denúncia que o acusa de ter cometido crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa. “Precisamos lidar com mais uma denúncia inepta e sem sentido, proposta por uma associação criminosa que quis parar o País. O Brasil não será pautado pela irresponsabilidade e falta de compromisso de alguém que se perdeu pelas próprias ambições”, escreveu o peemedebista.
Defesa na CCJ
Temer tem prazo de dez sessões plenárias na Câmara para apresentar sua defesa à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa – das quais já se passaram duas. Apesar de ainda dispor de prazo, espera-se que os advogados do presidente já entreguem suas alegações ao relator da denúncia no colegiado , deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), nessa quarta-feira (4).
Após a CCJ receber todas as defesas dos envolvidos na denúncia, a comissão tem cinco sessões para apreciar a matéria, votar e encaminhar a deliberação ao plenário da Câmara. Depois de passar pela CCJ , a denúncia deve ser analisada em plenário.
Para que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a iniciar a investigação contra o presidente Michel Temer, são necessários pelo menos 342 votos, o que corresponde a dois terços dos 513 deputados, quórum exigido pela Constituição. Se esse número não for atingido, a denúncia é suspensa até o término do mandato presidencial.
Fonte: Último Segundo – iG
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