Apenas dois parlamentares apareceram no plenário na última sexta, 22, para o andamento da segunda denúncia contra o presidente Temer, que ficou para segunda-feira (25) à tarde.
Pela segunda vez, a Câmara vai ter que decidir se autoriza ou não o Supremo Tribunal Federal a prosseguir com uma denúncia contra o presidente. Desta vez, com um complicador a mais: a Câmara ainda não decidiu como tratar a denúncia que, além de Temer, inclui os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência. Os três são acusados do crime de organização criminosa. Temer também foi denunciado por obstrução à justiça.
Depois que os três forem notificados, a denúncia começa a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça. O deputado Marcos Rogério, do Democratas (DEM), um dos cotados para relatoria, disse que essa segunda denúncia é mais complexa.
“Essa denúncia, diferente da primeira, tem vários aspectos, ela tem várias situações que nós vamos ter que enfrentar e ter que debater. Não é uma denúncia tão simples. Ministros e o presidente na mesma denúncia vai suscitar outro debate, inclusive se haverá separação ou não da recomendação”, disse Marcos Rogério.
Nesta sexta-feira (22), em São Paulo, o presidente da Câmara disse que vai manter total isenção no processo contra Temer e os ministros, e que não vai mudar o rito de votação da denúncia.
“Eu sou presidente da Câmara, eu não posso tratar da denúncia, eu só posso tratar do rito. O rito é igual ao rito da primeira denúncia”, afirmou Rodrigo Maia.
Estudo de técnicos da secretaria-geral da mesa da Câmara concluiu que as denúncias contra Temer e ministros devem tramitar juntas, em um único processo. Mas o presidente da CCJ disse que também está estudando o caso.
“Nós estamos fazendo um estudo, desta semana até segunda-feira, para identificar qual será procedimento adotado em relação aos ministros de estado”, contou Rodrigo Pacheco. Ele disse que a única certeza, por enquanto, é que a denúncia contra Temer, pelos dois crimes, não será desmembrada e terá um único relatório.
Fonte: G1
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