Advogada especialista em crimes na internet, Lorrana Gomes, afirma que vender o status como um produto pode ser configurado como crime de estelionato e ter pena de até cinco anos de prisão

 

Alcançar o selo de verificação no Facebook ou Instagram é o sonho para muitos influenciadores digitais e personalidades da internet. A marca corresponde a um status virtual que dá, não só visibilidade ao perfil, como pode gerar parcerias e acordos comerciais para a pessoa verificada. Diante de tantos benefícios que o selo pode trazer, muitas empresas passaram a oferecer o serviço como um produto a ser adquirido por um valor específico, porém, o que muita gente não sabe é que a venda do status, além de ser uma falsa promessa, pode ser uma prática criminosa.

 

“Os selos são benefícios que as plataformas digitais oferecem aos usuários, e se nem elas os vendem, como alguém pode vender algo que não é seu?” questiona a advogada especialista em cibercrimes Lorrana Gomes, advogada da empresa de assessoria MF Press Global. “Não se trata de uma venda, e sim, uma conquista. Uma pessoa ou empresa que pedir um valor em troca desse selo pode estar cometendo crime de estelionato”, alerta.

 

Segundo a especialista, a prática de estelionato tem pena prevista de 1 a 5 anos de reclusão.

 

“O serviço que pode ser oferecido é o de facilitar a obtenção do selo, como criar um perfil relevante na internet, ajudar a construir a imagem, prestar serviços de assessoria e consultoria, entre outros”, completa.

Serviço com segurança e garantia

SEO da empresa MF Press Global, Fabiano de Abreu diz que 90% dos clientes que procuram a empresa estão em busca da obtenção do selo. Ainda segundo o empresário, muitos deles já sofreram golpes.

“Há muita procura pelo selo de verificação, pessoas que querem uma assessoria de imprensa para ter matérias e conseguirem o selo, muitos casos são de pessoas que pagaram uma agência fake que prometeu o selo e não entregou, muitas até mesmo praticando golpes. Há empresas que inclusive prometem matérias em jornais, de forma garantida. No mercado se sabe que não é possível pagar para ter matérias e sim, existe um processo de aprovação de conteúdos por parte da imprensa”, detalha.

 

Fotos: acervo pessoal e banco de imagens
 

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