Os grandes saltos tecnológicos em diversas áreas da saúde vêm provocando verdadeiras revoluções nas vidas de pacientes e dentistas. Alguns processos tiveram que se reinventar e se adequar a pandemia, e uma das áreas que mais tem se beneficiado com os recursos tecnológicos foi a odontologia. Algumas inovações vieram para fazer da ida ao dentista um processo menos doloroso e traumático. O atendimento odontológico à distância está se mostrando uma boa solução para manter as contas das clínicas e a saúde bucal dos pacientes em dia.
Para o cirurgião dentista, Guilad Weil, da GW Odontologia Moderna, a teleodontologia ainda precisa ser mais desmistificada no mercado e aceita pelos profissionais “Há muita rejeição por parte dos próprios dentistas contra a teleodontologia, pois a maioria dos dentistas tem uma visão e não veem a odontologia nas suas inúmeras especialidades e nem conseguem imaginar as indicações práticas e úteis deste procedimento”, ressalta.
Para o cirurgião algumas ações preventivas poderiam ser facilmente resolvidas com o teleatendimento “Podemos utilizar na odontologia preventiva, em situações de urgência em várias especialidades, fazer uma receita de antibiótico remotamente sem obrigar o paciente a se deslocar ao consultório, ajudar em situações de dores orofaciais e orientar os pais ou cuidadores em odontopediatria, são alguns dos exemplos que o atendimento remoto seria de grande ganho aos envolvidos”, reforça.
A teleodontologia é algo muito novo na área, recentemente o Conselho Federal de Odontologia, por meio da resolução CFO-226/2020, regulamentou essa modalidade de atendimento.
Os principais benefícios de atender os pacientes de forma remota é a possibilidade de realizar o mesmo em qualquer lugar do país ou do mundo, sem que ninguém precise se deslocar ao consultório em caso de urgência, ou durante uma pandemia como vivemos hoje. Além disso, a redução de custos ao dentista e paciente, também podem ser destacados como um grande ganho.
Outra possibilidade da ferramenta é dar acesso a mais de um profissional para a indicação de um tratamento ou ajuda em um diagnóstico. “Como malefício vejo apenas a impossibilidade de atuação quando o tratamento exigir a presença física do paciente para um procedimento específico. A teleodontologia não irá substituir o atendimento presencial, mas sim, complementar. Acredito que uma consulta inicial por tele e uma presencial quando possível é o que o futuro reserva para as clínicas odontontológicas”, explica Guilad.
Para o Superintendente da Easy Software, Alexandre Petersen, que já trabalha com avanços tecnológicos em clínicas há mais de 25 anos, a odontologia à distância é uma questão de tempo para todas as clínicas brasileiras “Tenho diversos clientes que já trabalham com teleodontologia e obtém um resultado extremamente positivo neste recurso. Estamos passando por um momento em que devemos investir em tecnologia e na otimização de serviços, este é um caminho sem volta e os profissionais devem estar preparados”, reforçou.
Sobre a aceitação do tratamento à distância, o cirurgião é categórico “Sim, sem exceção. Todos os meus pacientes aprovaram e aprovam a técnica. Todos ficaram satisfeitos”, finalizou.
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